PROTESTO, IGUALDADE E FESTA

Tudo na vida possui um início, um meio e um fim, isso é algo lógico, de senso comum, o ANTENA MIX (uma mídia focada no entretenimento), mais uma vez se fez presente na 11ª Parada da Diversidade, e conta a sua versão (leia-se, ponto de vista) da parada gay e seus causos ocorridos desde o INÍCIO (concentração – Parque Dona Lindú), o MEIO (desfile na Orla da praia de Boa Viagem) e o FIM (conclusão), sempre com uma linguagem própria (muitas vezes mal interpretado), mas sem rabo preso com seu ninguém!!!

 

 O INÍCIO DA PARADA GAY

Uma manifestação contra a morte de Lorena Layalla fez com que um grupo (leia-se, amigas travestis) se reunir para se despedir de Lorena e ao mesmo tempo chamar a atenção para a desenfreada matança de homossexuais em nosso Estado, o ato em si foi organizado (sem o apoio de entidade dos direitos humanos algum, que só fizeram foi pegar carona na manifestação), segundo uma das integrantes, três amigas da travesti assassinada (Aleika, Alexia e Camila Sobral) mandaram recursos para a confecção de cartazes e camisas para o protesto, 

 

 que contou com Betânia Borges, Renata Kelly, Blenda, Chrys Falcão, Naomi e Andreia Vallois, das seis amigas apenas duas subiram ao palco ARMADO pela Prefeitura para fazer um show onde, diga-se de passagem, foi a primeira vez na história da parada gay que as travestis são convidadas, detalhe: segundo informes, a escalação das meninas foi fechado antes do assassinato de Lorena, portanto foi uma coincidência o show com o ato das meninas em si!!! A comunidade gay ainda luta pela criminalização contra a homofobia no Brasil. No Recife, a lei municipal 16.780, que completa dez anos em 2012, já criminaliza o preconceito contra gays, transexuais e transgêneros, vamos descer do SALTO galera e fazer valer essa lei, antes que mais vidas se percam... 

 

 Nem só as travestis ficaram indignadas, os artistas que fazem a cena LGBT ficaram de fora da programação deste ano, que além de não ter elas no PALANQUE também não contou com uma atração nacional, pois apostaram numa cantora de samba local que só fez dispersar o público, que naquela hora já tinham se transformados em PIPOCA (conjunto de foliões) que curtem acompanhar seus trios prediletos ao longo da orla, pois a MicarONG estava pra começar!!!

 

 O MEIO DA PARADA GAY

Um mar multicolorido tomou conta da orla de Boa Viagem, numa festa que parecia não ter fim. Com tranqüilidade e muito bom humor as “pessoas” iam se espalhando ao longo da Avenida Boa Viagem. Um cortejo de Maracatu abriu a caminhada, num MIX de livre expressão e baticum... hehehehehehe!!! Visitei de cara o trio dos artistas da minha amiga antenada Thânya Tulmuto, que mais uma vez contou com a produção da galega Ivone Tomaz e a parceria da AMOSTRANS com MAJB. 

 

 No som, a presença dos DJ’s. Faia e Pingo, dois fofos que vivem grudados parecendo CASOS, que foi desmentido após muitas risadadinhas... O colorido ficou por conta da minha afilhada Elvira Terremoto (não era pra contar???), da potiguar Shanaya Porenquantto, da belíssima transex Andreia Vallois, da draq Queen Kira Saimon  e os registros das mídias Jovem Metropolitano, Putz Véi e Flash Pirata, assim como o ANTENA MIX clicaram pra valer!!! Como de costume também registrei a turma do sem-trio gastando o meu solado, foi bom pra Caracas!!! 

 

 Após “derrubar” as frutas e salgadinhos do trio dos artistas era hora de visitar o Trio do Nosso Jeito bar, que esse ano fechou uma parceria com a LocarMais, a Pitú Cola e o apoio do espaço Muzanzé e o GGP. A atração do Trio de Tati e Izaura ficou por conta da rainha do axé daqui, Xuxinha e Banda que colocou os convidados e toda a pipoca pra pular... 

 Tomei um Café com meu colunista, dei um monte de cheiro na gatosa Fabby Lopes, passei a mão na bunda de Surdina Maria, dei muitas pintas ao lado da eterna rainha da diversidade Ashley Flyer, fiz um solo de guitarra com o mago das baquetas Guido Nascimento, conheci as meninas da Rec Digital (responsáveis pelo site do Nosso jeito bar) e fiquei atento na locução do mestre de cerimônia e apresentador Pablo Schauffele.

 

 Cheio de Pitú Cola nas idéias finalizei a minha peregrinação no Trio do Ponto G, onde fui recebido com festa por Guga que tratou de me deixar super à vontade para curtir o som do grupo Nó na Madeira que se fez acompanhar das participações de Luciana Moreno (Ex-batucada) e do gatíssimo e fofo Telmo Santiago (Sem Razão), o paparazzi do trio... hehehehehe!!!

 O FIM DA PARADA GAY

Podemos concluir que:

“Todo o preconceito é fruto da burrice, da ignorância e qualquer atividade cultural contra o preconceito é válida”

Euzinha não contei e nem procurei saber quantas bibas tinha por metro quadrado, só sei que era uma multidão!!! Segundo a Polícia Militar, um público de 200 mil pessoas compareceu ao evento. 

 

 Houve o registro de alguns furtos no local. A Parada também atraiu muitos turistas. A Empetur aproveitou para fazer uma nova pesquisa com os participantes de fora do estado. O levantamento do ano passado confirmou que a maior parte os visitantes é do Nordeste. Mas São Paulo foi o estado que mandou mais gente (17,26%). Entre os residentes no exterior, alemães, norte-americanos, franceses, ingleses e portugueses empataram, com 14,29%.

 

Informações do Diário de Pernambuco.