Colocar os sentimentos na frente de interesses foi o grande trunfo da
novela Amor à Vida.
Pela primeira vez na teledramaturgia, um carinho tão
íntimo entre dois atores (Mateus Solano e Thiago fragoso) conseguiu unanimidade
na aceitação do público!!!
Que diga-se
de passagem, quebrou vários paradigmas em horário nobre ao mostrar um vilão gay capaz de
jogar uma criança numa caçamba de lixo logo no primeiro capítulo. De mostrar um homem
gay casado com filho que vivia uma vida dupla e que foi arrancado do armário na
frente de toda a família. De mostrar um gay que abandona o companheiro por uma
mulher em busca de uma vida social idealizada, e em seguida se arrepender e
descobrir que gostava mesmo era de homem. Para finalmente terminar com um final feliz de um casal gay, em uma história em que os casais héteros foram durante
toda novela desinteressantes...
E quando
todos os analistas criticam o autor por ter desconstruído um dos mais notáveis
vilões da teledramaturgia brasileira ao aproximá-lo da comédia e encaminhá-lo
para a redenção é que vejo que ninguém entendeu nada mesmo. Walcyr Carrasco
desenhou uma grande jogada de mestre ao atribuir a vilania do personagem à
repressão e ao bullying sofrido em família. Félix começou sua redenção depois
que foi expulso da mansão e foi morar no subúrbio com a Márcia (Elizabeth Savalla).
Não foi a pobreza que o redimiu, mas a aceitação. Walcyr Carrasco acertou
quando resolveu juntar esses dois personagens (Félix e Niko). Com ou sem beijo
gay, o fato é que o casal já é um dos acertos da novela que se
aproxima do fim.
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